3.31.2011

Macro III/III

Hoje, e finalizando (para já) o tema das macro “low cost” vez vou falar do flash anelar/circular o que lhe quiserem chamar!


Existem varias opções low cost aos excessivamente caros flash anelares ou "twins" das grandes marcas. É certo que a qualidade de construção é outra, e o manuseamento também, mas para um entusiasta como eu as opções low cost servem perfeitamente!
Como já devem ter percebido eu sou "fã" da Niobo e nesta loja podem encontrar algumas soluções de acordo como o que querem fazer. Têm  flashes de LED Soligor e B.I.G. , têm acessórios que se juntar ao flash já existente - Phottix, tem flash anelar TTL da Walimex e têm um E-TTL da Soligor que foi o que eu adquiri
 
Por pouco mais de 120€ ficam com um belo flash que tanto serve para as macro como para retratos! mas isso fica para outro post. São fáceis de usar e dão resultados bem interessantes. Como são amovíveis podemos coloca-los onde quisermos, desde que o cabo chegue! Não precisam de ser usados sempre enroscados na lente.
 
Deixo mais um exemplo de uma pequena aranha saltadora...
 
 

Basta clicar na imagem para a ver no seu tamanho original e apreciar todo o detallhe.

Macro I - Close Up
Macro II - Anel Inversor
Macro III - Flash Anelar

3.24.2011

Macro II/III - Anel Inversor


Hoje, e continuando nas macro “low cost” vez vou falar dos anéis inversores.

Para quem gosta de fazer macro fotografia esta deve ser a forma mais barata de conseguir grandes ampliações, e quando digo grandes, quero mesmo dizer grandes!! A imagem acima é um bom exemplo disso. Trata-se de uma foto a uma mosca comum e, se virem a original, até um espiráculo é possível observar.

O anel inversor, como o próprio nome indica, é um anel que nos vai permitir inverter a montagem da lente. Existem alguns tipos de anéis inversores, desde os básicos em metal, que pode ser comprado em qualquer casa de fotografia ou no ebay, até aos mais caros que já possuem contactos que permitem passar alguma informação à máquina.
Como referi anteriormente o anel inversor faz com que a lente se monte ao contrário no corpo da câmara, ou seja, todos os contactos electrónicos entre a lente e a câmara deixam de existir! Quando se usam com as actuais lentes “digitais” cujo controle da abertura é electrónico, a coisa torna-se um pouco complicada. Pois a lente fica na abertura máxima o que faz com que o campo focal seja ridiculamente pequeno! Assim, e caso não se possa controlar o f directamente na lente, são precisos dar alguns passos para se obter imagens “decentes”, a saber:

Montar a objectiva no corpo, normalmente;
Seleccionar o modo aperture priority;
Seleccionar a abertura manualmente (nunca mais aberto que f10);
Pressionar o botão DOF preview e mantê-lo pressionado;
Enquanto se pressiona o botão DOF, remover a objectiva do corpo da máquina e, por se estar a pressionar o botão de DOF preview, ela manterá a abertura seleccionada;
Encaixar e enroscar a objectiva invertida com o anel inversor;
Seleccionar o modo shutter priority ou manual, definir a velocidade de disparo de acordo com a velocidade e voilá, pronto para fotografar.

Mas os “problemas” não acabam aí! O anel de focagem não funciona! Para focar é preciso aproximar ou afastar a máquina do objecto a fotografar! Aproximar mesmo muito! (algo que se torna problemático quando se está a fotografar insectos) pois eles não ficam quietos e os que têm asas… voam!!! :)
Outro problema é a quantidade de luz. Para se ter uma DOF decente o f tem de estar entre 10 e os 22/32 o que diminui muito a quantidade de luz, como temos de estar muito próximos do objecto, a própria maquina, lente, etc, também retiram um pouco de luz, e o facto da lente estar montada ao contrario ainda mais luz retira! E isso pode ser um problema. Aqui entram as luzes auxiliares, flash da câmara, lanternas, ou o tema do próximo post, o flash anelar.

Posto isto não fiquem a pensar que não valem os poucos € que custam! Valem e muito! Depois de algum treino, e muita muita muita paciência tiram-se fotos fantásticas! Fantásticas mesmo, com um detalhe impressionante! (pelo menos para mim :) )

Aqui ficam mais algumas imagens tiradas com a lente invertida

 Foto de uma misumena vatia
Foto de uma mosca comum
http://osiriseye.deviantart.com/gallery/4431591 aqui podem visualizar as imagens num formato maior.


Macro I - Close Up
Macro II - Anel Inversor
Macro III - Flash Anelar

3.22.2011

Macro I/III - Filtros Close Up



Embora ultimamente me tenha dedicado um pouco mais ás fotos de todo terreno a minha grande panca são as macro. Adoro fotografar insectos, pequenos seres do nosso dia a dia, presentes em todos os lugares mas que passam completamente despercebidos até serem aumentados umas 10 vezes.
Para quem pode, a melhor solução para fotografia macro, e no caso de usarem uma Canon, é a MP-E 65mm, mas como não há 1000€ para gastar numa lente, há que ser criativo e sacrificar algumas coisitas! Neste post e no próximo vou explicar como obtenho as minhas fotografias macro gastando cerca de 1/5 do custo da lente.  

Filtros Close up

Estes fantásticos acessórios permitem diminuir a distância mínima de focagem da lente, ou seja, podemos aproximar a lente do “objecto/ser” que estamos a fotografar. Em vez dos clássicos 20 cm da 18-55mm podemos colocar a lente quase encostada ao “subject”.

O primeiro conjunto que comprei era composto por 3 filtros, +1, +2 e +4, eram da tiffen e custaram cerca de 70€. Quando passei para a Canon comprei um conjunto na Niobo de 4 filtros, +1, +2, +4 e Macro por apenas 40€. Posse desde já adiantar que não notei diferença entre os Tiffen e estes.

Principais vantagens:

Preço – São extremamente baratos! 40€ por um conjunto de 4 filtros que podem ser usados em conjunto, montados uns nos outros.

Qualidade de imagem – Se estiverem limpos, sem risco e sem gordura, não há grandes alterações/distorções na imagem.

Principais desvantagens:
Bem, a meu ver a única desvantagem é a diminuição do campo focal, mas isso pode ser contrariado com uns ajustes no diafragma. Isto apresenta-se como uma desvantagem porque os uso para fotografar “seres” irrequietos, se forem usados para fotografar objectos estáticos não se nota tanto a diferença no campo focal, dá sempre para fechar bem a lente e fazer uma exposição um pouco mais demorada.

Deixo mais algumas imagens tiradas com os close-up. 
Para terem uma noção de escala, na primeira fotografia, o que se vê a cinzento é uma corda de  Nylon da roupa de 3mm.

 




http://osiriseye.deviantart.com/gallery/4431591 aqui podem visualizar as imagens num formato maior.


Macro I - Close Up
Macro II - Anel Inversor
Macro III - Flash Anelar

3.02.2011

This is how I see



Ontem passei 4 horas, sim 4 horas em casa do Paulo Moreira a falar de fotografia... Podem não conhecer o nome, mas certamente que já viram o trabalho dele inúmeras  vezes, de certeza que já viram a capa do álbum Avatara dos Blasted, de certeza que já viram as imagens dos álbuns de Moonspell, Klepth, Hipnótica, Ramp, Nouvelle Vague, Toranja, Tiago Bettencourt, Cool Hipnoise, Fadomorse, entre muitos outros… Já fotografou imensa gente como o Ville Valo (vocalista dos Him), Neil Hannon (Divine Comedy), Blixa Bargeld (fazia parte dos Bad Seeds – Nick Cave)… Enfim, um “Monstro” da fotografia, e eu, ali, em casa dele, a falar e a ver o trabalho dele, perguntar que câmara usava e afins… Foram 4 horas que mais pareceram 10 a 15 mins. Nem dei conta de passar a hora de jantar… E então quando ele saca do livro do Corbijn… Bem, aí calei-me… As palavras dele para a Vera foram algo do género: “Olha, ele tá-se a passar, nem fala!”…
Aquelas 4 horas serviram para me relembrar que é preciso muito trabalho para atingir níveis elevados de qualidade, para pensar sequer em fazer trabalhos dignos de serem vistos por tais olhos. Ouvi-o falar de alguns projectos que começou e ainda não acabou, e isso fez-me lembrar que nunca mais acabei a imagem que serve de “logo” a este blogue.
O titulo da imagem é “This is how I see” e a ideia é mostrar o “Eu” enquanto fotografo. Há três elementos principais a meu ver na foto. O olho, que representa a forma como eu percepciono a realidade e a interpreto, a câmara fotográfica, com a qual registo/capturo o momento e as minhas mão que servem de configurar e segurar a câmara de acordo com a visão que tenho da imagem.
É o que eu chamo de “Work in progress”, mesmo tendo em conta que nunca mais lhe peguei. A foto principal foi tirada durante a foto-reportagem que fiz da inauguração de uma clínica, e a foto do olho… não, sei, é uma das muitas que tenho… A ideia é refaze-la por completo agora com a Canon e com uma nova foto do olho, provavelmente usando o inversor para obter mais detalhe, mas o conceito é este.
Foi a minha primeira manipulação/composit que submeti no Gfx e fez sucesso! Foi em 2008 (já lá vão uns anos). Acho que um dos melhores comentários foi “The highest compliment I can give you is I knew it was you without looking at the name…” É bom quando olham para o nosso trabalho e o conseguem identificar automaticamente…
Isto tudo para apresentar a primeira imagem do blogue, algo que deveria ter feito no primeiro post mas…  A conversa de ontem serviu para me inspirar um pouco e para me fazer querer pegar na maquina outra vez, sair para fazer fotografias mais conceptuais… isso e acabar esta! Fiquei mesmo com vontade de refazer esta… Tenho de arranjar um espelho redondo… ou não!