A par da imagem que ser de “logo” deste blogue, esta foi uma das que me levou mais tempo a finalizar.
Já não tenho comigo as três imagens que estiveram na génese da HDR (High Dynamic Range) que mais tarde originou esta imagem, mas ainda tenho a HDR original.
Estava a fazer horas, à espera da futura esposa e futura sogra para ir ver o futuro sogro ao Hospital, e enquanto esperava decidi fazer algumas experiencias em HDR uma vez que tinha um software novo para fazer as ditas HDR.
Em primeiro lugar uma HDR é normalmente composta por 3 fotografias com exposições diferentes, a ideia é captar toda a gama de luz possível. Assim podemos captar os detalhes quer das zonas muito iluminadas quer das zonas em sombra. Existem varias formas de as processar, uns gostam mais de HDR’s naturais outros gostam mais delas a dar ao surreal. Confesso que sou mais surrealista do que realista, mas faço de tudo.
Ao olhar para a HDR original quase me apeteceu desistir e apagá-la, mas como não tinha nada para fazer comecei a brincar… comecei por puxar pelas cores ao ponto máximo com muito contraste, depois decidi passar tudo para p&b e gostei do “look” da coisa, levou um filtro “High pass” “Blended” como “Hard light” para evidenciar ainda mais os detalhes, mas ainda não estava satisfeito. Toda a envolvente do carro era muito distractiva e eu queria um efeito de “in your face” assim comecei a trabalhar com o “Clone”, “Heal”, “Burn”, “Dodge” e “Smudge” com a ideia de remover toda a envolvente e não ter linhas abruptas na transição do chão para o fundo da imagem. Fundo este que também levou algum trabalho para ter um “look” de degradê muito dissimulado, mais uma vez transformando-o em algo muito “soft” que contrasta com as linhas presentes no carro.
Há quem diga que ficava melhor sem os reflexos e sem a bicheza esborrachada, mas até lhes acho piada, a única detalhe que mudava eram os LED’s, não me lembrei na altura, mas se fosse hoje, tinha-lhe acendido os LED’s.